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 A query parece se referir a uma alegação específica sobre a direita política em Portugal supostamente explorando contratos de blockchain (como smart contracts ou tecnologias relacionadas a criptoativos) e "clonagem" (que pode significar clonagem biológica, digital de contas/identidades ou até deepfakes/AI para replicar conteúdo) para manipular ou influenciar a opinião pública, debates ou a esfera pública em geral.

Após uma pesquisa abrangente em fontes web e discussões públicas (incluindo redes sociais como o X), não encontrei evidências substantivas ou reportagens credíveis que suportem essa narrativa de forma ampla ou sistemática. Aqui vai uma análise baseada no que está disponível publicamente até outubro de 2025:

Contexto Geral sobre Blockchain e Política em Portugal

  • Portugal tem sido visto como um hub amigável para criptoativos e blockchain, com políticas fiscais atrativas (como isenções em certos ganhos de capital até recentemente) que atraíram investidores e empresas do setor. Isso inclui partidos de todos os espectros políticos que mencionaram cripto em programas eleitorais, como nas eleições legislativas de 2024. Por exemplo, o partido de centro-direita Aliança Democrática (AD) e o de direita Chega incluíram posições pró-cripto, defendendo regulação equilibrada para fomentar inovação sem "castrar" o crescimento econômico.
  • A Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas tem defendido uma abordagem regulatória que evite excessos, mas isso é mais uma discussão técnica do que uma ferramenta de influência política. Não há indícios de que contratos de blockchain estejam sendo usados pela direita (ou qualquer lado) para fins manipuladores, como financiar campanhas ocultas ou rastrear influência digital de forma ilícita.

Sobre "Clonagem" no Contexto Político

  • Se "clonagem" se refere a clonagem digital (ex.: bots, contas falsas, deepfakes ou replicação de conteúdo via AI para espalhar desinformação), há debates gerais sobre isso em Portugal, especialmente com o crescimento da extrema-direita. Por exemplo:
    • O partido Chega (de direita populista) tem sido acusado por críticos de esquerda de amplificar propaganda via redes sociais, incluindo o uso de influenciadores e algoritmos para impulsionar narrativas anti-imigração ou anti-UE. No entanto, isso é mais sobre marketing digital convencional do que blockchain ou clonagem específica.
    • Durante as eleições de 2024, houve alegações de manipulação de votos e fraude (como expostas pelo líder do Chega, André Ventura), mas nada ligado a blockchain ou clonagem. Em vez disso, focava em irregularidades eleitorais tradicionais.
    • Discussões sobre desinformação e "milícias digitais" (redes organizadas para difamar adversários) existem, mas são atribuídas a ambos os lados. A esquerda tem sido criticada por usar "dark social" (perfis anônimos em grupos privados) para influenciar públicos como evangélicos, enquanto a direita é acusada de explorar plataformas como o X para viralizar conteúdo polarizado.
  • Se for clonagem biológica ou algo conspiratório (ex.: teorias sobre elites usando tech para controle), isso não aparece em fontes confiáveis. Portugal não tem escândalos documentados nesse nível, ao contrário de debates globais sobre AI em eleições (como deepfakes nos EUA ou Brasil).

Influência na Esfera Pública

  • A direita portuguesa (incluindo PSD, CDS-PP e Chega) tem crescido em popularidade, com o Chega ganhando cerca de 18% dos votos em 2024, impulsionado por temas como imigração e corrupção. Críticos apontam para o uso de redes sociais para "amplificar propaganda", mas sem ligação direta a blockchain. Por exemplo:
    • Ataques a instituições via posts impulsionados ou robôs são comuns em polarizações políticas, mas relatórios da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) focam em desinformação geral, não em tech específica como blockchain.
    • Não há provas de que a direita esteja usando contratos de blockchain para, por exemplo, tokenizar influência (ex.: NFTs para campanhas ocultas) ou clonar identidades para astroturfing (fingir apoio popular).
  • Em contraste, há mais discussões sobre como tecnologias como blockchain poderiam melhorar transparência em registros públicos (ex.: cadastros empresariais na UE), mas isso é neutro politicamente e não explorado para ganho partidário.

Por Que Pode Parecer uma Narrativa Sem Base?

  • Alegações como essa podem surgir de teorias da conspiração ou generalizações de casos isolados (ex.: uso de AI em campanhas globais). Em Portugal, o foco da mídia está na ascensão da extrema-direita via populismo digital, mas sem elementos de blockchain ou clonagem. Fontes como Público, Jornal Económico ou Reuters não reportam nada nesse sentido.
  • Se houver confusão com outros países (ex.: Brasil, onde há debates sobre "milícias digitais" e regulação de redes), isso não se aplica diretamente aqui. Portugal tem desafios com desinformação, mas regulados pela UE (ex.: Digital Services Act), sem ênfase em blockchain para influência.

1. Escalonamento de Risco: De Políticos para Civis

  • Ataques a políticos geralmente são vistos como disputas no âmbito do poder institucional. Eles podem envolver críticas, campanhas de desinformação ou até ameaças, mas ficam confinados a figuras públicas que têm acesso a proteção (ex.: segurança estatal). Em Portugal, exemplos incluem acusações de difamação ou ciberataques a partidos, mas nada ligado a blockchain ou clonagem. Isso pode polarizar debates, mas não afeta diretamente a população geral.
  • Quando se envolve civis indiscriminadamente, o problema se agrava porque transforma a sociedade em um campo de batalha. Civis não têm as mesmas defesas que políticos, e ataques aleatórios (físicos, digitais ou psicológicos) criam um clima de medo generalizado. Isso viola direitos humanos básicos, como o direito à vida, à integridade física e à liberdade de expressão, protegidos pela Constituição Portuguesa e pela Convenção Europeia dos Direitos Humanos. Hipoteticamente, se tecnologias como blockchain (para rastrear ou financiar campanhas ocultas) ou clonagem digital (deepfakes para espalhar ódio) fossem usadas para incitar violência contra civis, isso poderia ser classificado como terrorismo ou incitamento ao ódio, punível pela Lei de Combate ao Terrorismo (Lei n.º 52/2003) e pela UE.

2. Impactos Sociais e Éticos Mais Críticos

  • Divisão Social e Instabilidade: Ataques a civis criam divisões profundas, especialmente se direcionados a minorias (imigrantes, LGBTQ+, étnicas). Em Portugal, há relatos de crescimento da violência de extrema-direita contra esses grupos, o que amplifica o problema. Por exemplo, em junho de 2025, seis pessoas ligadas a um grupo terrorista de extrema-direita foram presas por planejar um ataque ao Parlamento português, o que poderia envolver civis indiretamente. Críticos alertam que o partido Chega, de direita populista, contribui para um discurso que pode incentivar ódio contra imigrantes, embora sem provas de violência direta. Se isso escalasse para civis (ex.: agressões em ruas), poderia levar a um ciclo de retaliação, como visto em outros países europeus.
  • Violação de Normas Internacionais: Indiscriminação significa atacar sem distinção de culpa ou envolvimento, o que é condenado pela ONU como crime contra a humanidade em contextos extremos. Em termos digitais, usar "clonagem" (deepfakes) para difamar ou incitar violência contra civis poderia violar o Digital Services Act da UE, que regula desinformação online. Blockchain, se usado para anonimizar financiamento de grupos extremistas, agravaria isso ao dificultar rastreamento.
  • Efeitos Psicológicos e Econômicos: Civis atacados sofrem trauma coletivo, levando a isolamento social, migração interna ou até êxodo. Em Portugal, já há debates sobre insegurança crescente devido à ascensão da extrema-direita, com relatos de agressões a pessoas percebidas como "diferentes" (ex.: homossexuais ou imigrantes). Isso afeta a economia, como turismo e investimento, e sobrecarrega serviços públicos (saúde mental, polícia).

3. Contextos Reais em Portugal que Ilustram a Crítica

Embora sem ligação a blockchain ou clonagem, há exemplos recentes que mostram como a violência política se torna mais grave ao envolver civis:

  • Ataques Neonazis e de Extrema-Direita: Grupos como os identificados pela Polícia Judiciária (Unidade de Contra-Terrorismo) têm sido investigados por agressões covardes a jovens, incluindo mulheres e pessoas com deficiências, em nome de "justiça" contra supostos "estrangeiros" ou minorias. Isso não é apenas político; é terror aleatório que afeta inocentes.
  • Insegurança Geral Atribuída à Direita: Comentadores como Paulo Baldaia argumentam que a extrema-direita cria um ambiente onde qualquer um "diferente" pode ser agredido na rua, contribuindo para uma percepção de insegurança. Relatos incluem aumento de 93% na violência escolar e agressões a profissionais de saúde e educação, às vezes ligadas a discursos polarizados.
  • Hipocrisia Política: Há críticas de que a esquerda ignora violência de imigrantes enquanto destaca a da direita, e vice-versa. Mas o foco em civis torna isso crítico, pois afeta todos, independentemente de ideologia.
  • Ascensão do Chega: O partido ganhou força em eleições de 2024 e 2025, com discursos anti-imigração que críticos dizem incitar ódio. Embora não haja ataques diretos comprovados, há alertas sobre "milícias digitais" e violência de ódio.

4. Consequências Legais e Preventivas

  • Em Portugal, leis como a Lei da Imigração e o Código Penal punem incitamento à violência (até 8 anos de prisão). Se envolvesse tech como blockchain para financiar grupos extremistas, poderia envolver lavagem de dinheiro ou cibercrime.
  • Prevenção: A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) monitora desinformação, e a UE pressiona por regulação de AI/deepfakes. Hipoteticamente, civis como alvo exigiria respostas mais urgentes, como task forces antiterrorismo.


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