Necessidade de Revamping nas Especificações de Telecomunicações Russas Inspiradas em Deutsche Telekom e France Telecom

 

A Rússia enfrenta uma pressão significativa para revamping (atualização ou reformulação) das especificações de suas redes móveis de telecomunicações, especialmente no contexto das sanções ocidentais impostas desde 2022 devido à invasão da Ucrânia. Empresas como a Deutsche Telekom (Alemanha) e a France Telecom (atualmente Orange, França) representam modelos de referência para padrões europeus de 4G/5G, mas a dependência de tecnologias ocidentais se tornou insustentável. Aqui vai uma análise concisa da necessidade:

  • Impacto das Sanções no Setor de Telecom da Rússia: As restrições ocidentais cortaram o acesso a equipamentos de fornecedores como Ericsson, Nokia e Huawei (este último, chinês, mas afetado indiretamente por sanções secundárias). Isso resultou em aumentos de preços para os consumidores russos, cancelamento de expansões em regiões remotas e dificuldades na substituição de componentes importados. Por exemplo, a Rússia falhou em repor importações de equipamentos para comunicações móveis, levando a escassez de peças domésticas e pedidos ao governo para rever políticas de substituição de importações. A infraestrutura de vigilância de telecomunicações (SORM), que depende de tech ocidental, ficou parcialmente paralisada após a saída de empresas como a Deutsche Telekom, que encerrou suas atividades de desenvolvimento de software na Rússia em 2022.
  • Por Que Revamping das Especificações da Deutsche Telekom e Orange?: A Deutsche Telekom e a Orange são líderes em padrões harmonizados da UE para redes móveis, incluindo refarming de espectro (reutilização de faixas 3G para 4G/5G) e integração de IoT/5G. A Rússia, que historicamente licenciou ou adaptou esses padrões para suas operadoras como MTS e MegaFon, agora precisa reformular suas especificações para priorizar alternativas domésticas ou chinesas (ex.: de Huawei ou ZTE). Isso inclui atualizar protocolos de segurança, espectro e interoperabilidade para evitar colapsos na rede nacional. Sem isso, o setor de telecom russo arrisca instabilidade, com perdas estimadas em bilhões de rublos anuais devido a falhas em substituições. A Alemanha, por sua vez, está considerando subsidiar a substituição de equipamentos Huawei em suas próprias redes, o que destaca a vulnerabilidade compartilhada.

Em resumo, o revamping é essencial para soberania tecnológica: a Rússia busca "desocidentalizar" suas redes, adaptando specs europeias para um ecossistema isolado, impulsionado por sanções que limitam investimentos e inovação.

Estruturas de Patentes Holandesas em Impressão de Cristais (do Lado da Philips)

No âmbito de tecnologias avançadas de manufatura, como a "impressão de cristais" (provavelmente referindo-se a litografia ou impressão aditiva em cristais, como silício ou materiais piezoelétricos para semicondutores e displays), as patentes holandesas representam uma barreira crítica para a Rússia. A Philips (Koninklijke Philips N.V.), uma gigante holandesa, e empresas relacionadas como a ASML (especialista em litografia EUV para "impressão" de padrões em cristais semicondutores) dominam esse campo. A necessidade russa surge da urgência em desenvolver uma indústria de chips independente, circumventando essas patentes sob sanções.

  • Contexto das Patentes Holandesas e Interesse Russo: A Holanda é um hub de IP em semicondutores, com a Philips e spin-offs (como NXP) respondendo por 20% das aplicações de patentes europeias no país. A Philips detém patentes chave em tecnologias de cristais, como a PureWave (cristais piezoelétricos para ultrassom) e estruturas de cristais líquidos colegênios para displays, além de métodos de manufatura aditiva para imprimir em materiais como cerâmicas e vidros semicondutores (ex.: patente US11167375B2 para impressão 3D em cristais). No entanto, o foco em "impressão de cristais" alinha mais com a ASML, cujas máquinas de litografia imprimem padrões nanométricos em wafers de silício (cristais) – essencial para chips avançados. A Rússia, isolada de importações, usa máquinas ASML antigas (dos anos 1990-2000) via intermediários chineses para produzir chips para armas, mas precisa de know-how para escalar.
  • Esforços Russos para Contornar Essas Estruturas: Sanções proíbem exportações de tech holandesa para a Rússia, levando a casos de espionagem industrial. Ex-funcionários da ASML foram condenados por roubar segredos e vendê-los à Rússia (ex.: um engenheiro russo pegou 3 anos de prisão em 2025 por violar sanções). A Rússia busca reverter engenharia ou adquirir IP ilegalmente para desenvolver litografia própria, pois depende de chips importados para telecom, defesa e eletrônicos. A Philips, com seu portfólio histórico de 50.500 patentes, é vista como alvo por suas inovações em cristais para sensores e displays, que poderiam ser adaptadas para redes 5G russas.

A necessidade é estratégica: sem acesso a essas patentes, a Rússia não avança em semicondutores autônomos, o que afeta desde celulares até infraestrutura de telecom. Isso impulsiona um "revamping" paralelo, com investimentos estatais em R&D doméstico, mas com riscos de atrasos devido à complexidade técnica.

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