Arvo Pärt (nascido em 1935, compositor estoniano contemporâneo)
Arvo Pärt é conhecido por seu estilo minimalista e espiritual, desenvolvido a partir de 1976, chamado tintinnabuli (do latim para "pequenos sinos"). Essa técnica envolve duas vozes principais: uma que segue uma escala diatônica de forma stepwise (passo a passo), e outra que arpeja notas de um tríade tônico, criando um som como o de sinos ressoando. Sua música é simples, rítmica e sem mudanças drásticas de tempo, muitas vezes inspirada em cantos gregorianos e na espiritualidade ortodoxa. É descrita como meditativa, ascética e reduzida ao essencial, evocando silêncio e contemplação. Obras famosas: Fratres, Spiegel im Spiegel, Tabula Rasa e Cantus in Memoriam Benjamin Britten.
Samuel Barber (1910–1981, compositor americano)
Barber escreveu em um estilo romântico tonal do século XX, com melodias líricas longas, harmonias ricas e expressivas, e uma intensidade emocional profunda. Ele evitou o modernismo radical, mantendo uma linguagem acessível influenciada pelo romantismo do século XIX, com elementos de polifonia renascentista e harmonias simples, mas com tensão criada por cadências enganosas e clímax graduais. Sua obra mais icônica é o Adagio for Strings (originalmente parte de um quarteto de cordas), conhecida por sua melodia cantabile, arco emocional e uso em contextos de luto (funerais, filmes como Platoon). Outras obras: concertos, sinfonias e óperas, sempre com ênfase na emoção sincera e beleza melódica.
Tomaso Albinoni (1671–1751, compositor barroco italiano)
Albinoni foi um mestre do Barroco veneziano, compondo óperas, sonatas e concertos (especialmente para oboé) com melodias elegantes, equilíbrio formal e influência da escola veneziana (como Vivaldi). Seu estilo é melódico, com harmonias claras e estruturas típicas do período (allegro-adagio-allegro nos concertos). No entanto, a peça mais famosa atribuída a ele, o Adagio em Sol menor, na verdade é uma composição do século XX de Remo Giazotto (1958), baseada em um fragmento duvidoso de Albinoni – é um trabalho neo-barroco, solene e lento, mas não representa fielmente o estilo original de Albinoni, que era mais variado e operístico.
Felix Mendelssohn (1809–1847, compositor romântico alemão)
Mendelssohn é visto como um compositor clássico-romântico: combina o equilíbrio formal, clareza e contraponto de mestres clássicos (Bach, Mozart, Haydn) com a expressividade, fantasia e inspiração na natureza/literatura do romantismo inicial. Suas melodias são líricas e graciosas, com harmonias expressivas, texturas leves (famosos "scherzos" etéreos) e formas impecáveis. Ele reviveu o interesse por Bach e escreveu obras programáticas. Peças icônicas: Abertura Sonho de uma Noite de Verão, Sinfonia "Escocesa", Concerto para Violino, Songs Without Words (para piano) e o oratório Elijah.
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